YouTube libera ferramenta com Gemini 3 para criadores criarem jogos jogáveis
YouTube libera ferramenta com Gemini 3 para criadores criarem jogos jogáveis
12/16/20251 min read
Youtube
O Google segue ampliando a presença da inteligência artificial em seus serviços. Desta vez, a novidade vem do YouTube Gaming, que anunciou um beta do Playables Builder, uma ferramenta que permite a criadores selecionados desenvolverem jogos jogáveis diretamente para o YouTube, sem a necessidade de programação.
O Playables Builder é um aplicativo web experimental construído com o Gemini 3, o modelo de IA mais recente do Google. Com ele, criadores podem gerar pequenos jogos usando prompts de texto, imagens ou vídeos. A fase inicial do projeto conta com parcerias com nomes populares da plataforma, como Sambucha, AyChristene, Gohar’s Guide e Mogswamp.
A iniciativa não surge do nada. O YouTube já vinha testando jogos simples na plataforma desde 2023 e, no ano passado, adicionou suporte a experiências multiplayer nos chamados Playables. Com a IA se espalhando por praticamente todos os produtos do Google, a chegada de uma ferramenta desse tipo era apenas questão de tempo.
Na prática, a proposta lembra outros experimentos recentes do Google Labs, como Disco e GenTabs, que usam IA para transformar comandos em linguagem natural em interfaces interativas. Em contextos como busca e organização de informações, esse tipo de abordagem pode fazer bastante sentido.
Quando o assunto é games, porém, a história é outra. Criar um bom jogo vai muito além de juntar mecânicas básicas. Design, ritmo, equilíbrio, iteração e criatividade são fatores que normalmente exigem experiência humana e muito refinamento. Embora o Playables Builder facilite a criação de experiências rápidas e acessíveis, ele dificilmente vai entregar algo comparável a jogos mais elaborados ou premiados.
No fim das contas, a ferramenta parece ideal para experimentos casuais, curiosidades interativas e conteúdo rápido, mas não para produções profundas. É mais um exemplo de como a IA pode baixar a barreira de entrada para a criação — sem, necessariamente, substituir o trabalho de quem realmente entende do assunto.