Tether revoluciona a IA com o lançamento do Genesis I: conjunto de 41 bilhões de tokens e plataforma local QVAC Workbench

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Tether entra de vez no mundo da inteligência artificial

A Tether Data, divisão de pesquisa em IA da Tether, anunciou uma iniciativa ambiciosa para desafiar o domínio das Big Techs no setor de inteligência artificial.

Na sexta-feira, a empresa revelou o QVAC Genesis I, um conjunto de dados sintéticos com 41 bilhões de tokens criado para o treinamento de modelos de IA — e o QVAC Workbench, um aplicativo que roda inteiramente no dispositivo do usuário, sem depender da nuvem.

Segundo a companhia, o objetivo é democratizar o acesso a dados de alta qualidade e descentralizar o desenvolvimento da IA, reduzindo a dependência das plataformas corporativas de empresas como OpenAI, Google e Anthropic.

Genesis I: um novo padrão de dados para IA educacional

O QVAC Genesis I é o primeiro dataset público voltado exclusivamente para conteúdo educacional nas áreas STEM — ciência, tecnologia, engenharia e matemática — com foco em matemática, física, biologia e medicina.

Diferente dos conjuntos de dados tradicionais, que apenas ensinam modelos a reproduzir padrões de linguagem, o Genesis I foi projetado para ensinar relações de causa e efeito e incentivar raciocínio lógico e pensamento crítico.

“A inteligência não deve ser centralizada”, afirmou Paolo Ardoino, CEO da Tether. “Com o QVAC Workbench e o Genesis I, estamos abrindo as portas para uma inteligência que vive, aprende e evolui localmente, dentro do seu próprio dispositivo.”

A empresa destaca que o conjunto de dados passou por validações científicas rigorosas, apresentando desempenho superior em raciocínio e resolução de problemas em relação aos datasets públicos atualmente disponíveis.

QVAC Workbench: IA privada, local e colaborativa

Lançado junto ao Genesis I, o QVAC Workbench é um aplicativo multiplataforma que permite rodar modelos de IA diretamente em Android, iOS, Windows, macOS e Linux.

O software é compatível com modelos como Llama, Medgemma, Qwen, SmolVLM e Whisper, oferecendo total privacidade ao processar tudo localmente — sem enviar dados para servidores externos.

Um dos recursos mais inovadores é a chamada “Inferência Delegada”, que possibilita conectar dispositivos móveis a desktops ou estações de trabalho para aumentar o poder computacional disponível.

O público-alvo inclui pesquisadores, entusiastas de IA e desenvolvedores independentes que buscam alternativas aos ecossistemas centralizados das grandes empresas de tecnologia.

A estratégia de diversificação da Tether

Com essa iniciativa, a Tether reforça sua estratégia de diversificar além das stablecoins, ampliando sua atuação no setor tecnológico.

A empresa, que espera lucros de até US$ 15 bilhões em 2025, vem investindo em infraestrutura descentralizada, IA e segurança digital.

Antes do Genesis I, a companhia já havia lançado um Kit de Desenvolvimento de Carteira (SDK) open source e ferramentas de comunicação descentralizada — agora complementadas pelo novo ecossistema de IA local.

O futuro da IA: dados sintéticos e descentralização

Analistas de mercado apontam que dados sintéticos — como os do Genesis I — devem se tornar a principal fonte de treinamento de modelos de IA até 2030, substituindo os datasets coletados de fontes online.

Com isso, a Tether se posiciona estrategicamente à frente de uma transformação inevitável, promovendo um modelo de inteligência artificial mais acessível, ético e descentralizado.