Tempestades estelares extremas revelam como o jovem Sol transformou a atmosfera da Terra primitiva
Cientistas registram ejeção de massa coronal inédita em estrela jovem e revelam como explosões solares antigas podem ter moldado a atmosfera da Terra e de outros planetas.
11/5/20252 min read


Tempestade estelar revela o passado explosivo do Sol
Um estudo científico inovador registrou, pela primeira vez, uma ejeção de massa coronal em múltiplas temperaturas em uma estrela jovem — uma descoberta que ajuda a reconstruir como o Sol primitivo influenciou a evolução da Terra, Marte e Vênus. 🔭
A pesquisa, publicada na Nature Astronomy, analisou a estrela EK Draconis, localizada a 111 anos-luz de distância. Considerada uma versão jovem do Sol, ela serve como um modelo realista do comportamento explosivo que o nosso astro exibiu bilhões de anos atrás.
O que os cientistas viram na estrela EK Draconis
Os pesquisadores observaram a ejeção de plasma em duas fases:
Uma primeira onda de plasma extremamente quente, com temperatura de 100.000 K, viajando entre 300 e 550 km/s
Dez minutos depois, uma segunda ejeção, mais fria, a 10.000 K, movendo-se a 70 km/s
Esses dados foram coletados por meio do Telescópio Espacial Hubble e de telescópios terrestres no Japão e na Coreia, em um esforço científico internacional.
✨ Segundo os cientistas, esse tipo de tempestade estelar era muito mais intensa e frequente no passado do que as erupções solares que conhecemos hoje.
Como isso mudou a Terra primitiva
Durante a juventude do Sol, explosões como essa eram comuns e tinham força suficiente para:
alterar a química da atmosfera terrestre 🌍
remover gases e criar condições para novas moléculas surgirem
afetar diretamente a habitabilidade dos planetas próximos
Os pesquisadores sugerem que essas ejeções violentas podem ter desempenhado um papel fundamental no surgimento das primeiras moléculas orgânicas, favorecendo a formação da vida.
Novas pistas sobre a origem da vida
Estudos teóricos indicam que partículas energéticas geradas por essas tempestades poderiam ter criado gases de efeito estufa e compostos químicos essenciais para a sobrevivência de organismos primitivos.
Ou seja, sem as erupções destrutivas do Sol jovem, a Terra de hoje talvez fosse um planeta completamente diferente — ou até mesmo inabitável.
A descoberta também amplia a busca por vida fora da Terra, já que estrelas jovens explosivas podem afetar a evolução de exoplanetas da mesma forma.
