Spotify anuncia novas regras para combater músicas feitas por IA e proteger artistas
O Spotify implementa novas políticas para combater músicas geradas por inteligência artificial e spam na plataforma. Entenda como isso vai proteger artistas, garantir transparência e mudar a forma como a música com IA será divulgada.
9/26/20252 min read


Spotify endurece políticas contra música gerada por IA
O Spotify anunciou mudanças importantes em suas regras de uso de inteligência artificial (IA) na música, com o objetivo de proteger artistas e trazer mais transparência para ouvintes.
A empresa está trabalhando em conjunto com o DDEX para desenvolver um padrão global de divulgação do uso de IA em produções musicais. Isso significa que, em vez de apenas indicar se uma faixa “foi” ou “não foi” criada por IA, os artistas poderão detalhar exatamente em qual parte da produção a tecnologia foi utilizada — seja em vocais, instrumentos ou pós-produção.
Novas regras contra clones de voz e falsificação musical
Entre as novidades, o Spotify apresentou também uma nova política contra imitações. A medida visa combater clones vocais feitos por IA, que vêm sendo usados de forma indevida para imitar artistas famosos e enganar o público.
Segundo a empresa, a ideia é oferecer mais proteção à identidade dos artistas e garantir ações rápidas contra conteúdos fraudulentos.
🎵 Isso representa um avanço importante, já que, ao mesmo tempo em que a IA pode impulsionar a criatividade musical, também tem sido usada por golpistas para lucrar de forma desonesta.
Como o Spotify vai combater o “spam musical” gerado por IA
O Spotify destacou que além das imitações, existe um outro problema crescente: o spam musical. Entre os exemplos citados estão:
uploads em massa de músicas duplicadas;
manipulação de SEO para inflar buscas;
faixas excessivamente curtas para gerar mais royalties;
conteúdos criados em massa por “fazendas de conteúdo”.
Para lidar com isso, a empresa vai lançar, ainda este ano, um filtro anti-spam que será capaz de identificar e marcar conteúdos fraudulentos. Músicas suspeitas deixarão de ser recomendadas aos ouvintes, dificultando a disseminação desse tipo de prática.
📊 Só nos últimos 12 meses, o Spotify já removeu mais de 75 milhões de faixas consideradas “spammy”, mostrando a dimensão do problema.
Impacto para artistas e ouvintes
Essas medidas têm como objetivo principal proteger a carreira dos artistas reais, já que esse tipo de spam prejudica a distribuição justa de royalties e rouba a atenção do público.
Para os ouvintes, a mudança representa mais confiança e clareza sobre o que estão escutando, ajudando a diferenciar produções artísticas autênticas de conteúdos artificiais.
O Spotify reforçou que apoia a liberdade criativa no uso de IA, mas que precisa agir de forma firme contra os abusos de má-fé.
Conclusão
As novas políticas do Spotify marcam um passo decisivo na relação entre música e inteligência artificial. Ao mesmo tempo em que a tecnologia abre caminhos para novas criações, ela também representa riscos para a autenticidade e credibilidade da indústria musical.
Com regras mais claras, transparência nos créditos e um sistema de proteção contra spam, o Spotify mostra que está disposto a equilibrar inovação tecnológica e valorização do trabalho humano.