OpenAI não precisa mais manter todos os dados do ChatGPT, decide tribunal dos EUA
Um novo desdobramento no processo do New York Times contra a OpenAI encerra a exigência de preservar todos os registros do ChatGPT. A decisão traz alívio para a empresa e levanta discussões sobre privacidade e direitos autorais na era da inteligência artificial.
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10/13/20252 min read


OpenAI
🧠 O fim da ordem de preservação
A Justiça dos Estados Unidos encerrou uma das medidas mais polêmicas do processo movido pelo New York Times contra a OpenAI. A juíza federal Ona T. Wang decidiu, no dia 9 de outubro, que a empresa não é mais obrigada a preservar indefinidamente todos os registros e logs de saída do ChatGPT.
Na prática, isso significa que a OpenAI pode voltar a excluir dados automaticamente, como fazia antes da disputa judicial. A decisão anula a ordem anterior, que exigia que a companhia mantivesse todos os registros para possível análise durante o processo.
📰 O caso: OpenAI vs. The New York Times
A ação judicial começou no final de 2023, quando o New York Times processou a OpenAI por violação de direitos autorais. O jornal alegou que a empresa teria usado conteúdos jornalísticos e artigos protegidos por copyright para treinar seus modelos de IA — incluindo o ChatGPT — sem autorização nem compensação financeira.
Em maio de 2024, o tribunal havia determinado que a OpenAI preservasse todos os logs de conversas para permitir que o NYT verificasse possíveis usos indevidos de seu material. A empresa, no entanto, recorreu da decisão, alegando que a ordem era “excessiva” e poderia colocar em risco a privacidade dos usuários.
🔒 O que continua valendo
Apesar da liberação geral, alguns dados ainda precisarão ser mantidos. A nova decisão exige que a OpenAI preserve informações relacionadas a contas e chats que tenham sido especificamente sinalizados pelo New York Times.
Esses registros permanecerão disponíveis para investigação, e o jornal poderá ampliar a lista de usuários ou conversas sinalizadas à medida que o processo avança.
Em outras palavras: o fim da ordem não significa que o caso acabou — apenas que a preservação em massa dos dados foi considerada desnecessária.
⚙️ Impacto para a OpenAI e para os usuários
A decisão representa um alívio estratégico para a OpenAI, que argumentava que guardar todos os logs do ChatGPT seria tecnicamente inviável e prejudicial à privacidade.
Além disso, o caso reacende o debate sobre como grandes modelos de linguagem são treinados e até que ponto podem usar conteúdos protegidos por direitos autorais para aprender e gerar respostas.
Para os usuários, a notícia também é relevante: significa que a empresa voltará a seguir suas políticas padrão de retenção de dados, sem manter conversas por tempo indeterminado.
🌐 O que vem a seguir
O processo entre o New York Times e a OpenAI ainda está longe de terminar. O jornal continua investigando como seus conteúdos podem ter sido usados no treinamento de modelos da empresa — e novas audiências devem ocorrer nos próximos meses.
Enquanto isso, a decisão da juíza abre um precedente importante para futuras disputas envolvendo IA, dados de usuários e direitos autorais no ambiente digital.
🧭 Conclusão
O fim da ordem de preservação marca um ponto de virada na batalha judicial entre o jornal e a OpenAI. Mais do que um alívio técnico, a decisão reforça a importância de equilibrar transparência, privacidade e responsabilidade no uso da inteligência artificial.
Com os tribunais dos EUA cada vez mais atentos ao tema, o caso promete definir novos limites legais para o treinamento de IA com dados protegidos por copyright — algo que afetará toda a indústria.