OpenAI fecha parceria bilionária com a Broadcom para criar seus próprios chips de IA

A OpenAI está desenvolvendo seus próprios chips de inteligência artificial em parceria com a Broadcom, em um acordo avaliado em bilhões de dólares. O objetivo é aumentar o poder computacional da empresa e reduzir a dependência de gigantes como NVIDIA e AMD.

10/13/20253 min read

Um logotipo da Broadcom e uma placa-mãe de computador aparecem nesta ilustração tirada em 25 de agosto de 2025.
Um logotipo da Broadcom e uma placa-mãe de computador aparecem nesta ilustração tirada em 25 de agosto de 2025.

Um logotipo da Broadcom e uma placa-mãe de computador aparecem nesta ilustração tirada em 25 de agosto de 2025.

🚀 A nova aposta da OpenAI: fabricar seus próprios chips

A OpenAI acaba de dar mais um passo ambicioso em sua corrida por poder computacional. A empresa, criadora do ChatGPT, fechou um acordo com a Broadcom para desenvolver chips personalizados de IA — conhecidos como AI Accelerators — que serão utilizados tanto em sua própria infraestrutura quanto nos data centers de parceiros.

Segundo as empresas, os novos racks de chips começarão a ser implantados na segunda metade de 2026, com previsão de conclusão até o final de 2029. A parceria, que começou a ser planejada há cerca de 18 meses, faz parte de uma estratégia maior da OpenAI para expandir massivamente sua capacidade de processamento.

💰 Um acordo bilionário e de grande escala

De acordo com o The Wall Street Journal, o contrato envolve 10 gigawatts de poder computacional e vale “vários bilhões de dólares”. A Broadcom, inclusive, já havia mencionado recentemente um cliente não identificado com um pedido de US$ 10 bilhões — agora confirmado como sendo a OpenAI.

Essa movimentação faz parte de uma série de parcerias estratégicas da empresa liderada por Sam Altman. Recentemente, a OpenAI também firmou acordos com NVIDIA, AMD e Oracle, totalizando dezenas de gigawatts de capacidade adicional:

  • NVIDIA – investimento de US$ 100 bilhões, oferecendo 10 GW de infraestrutura de IA;

  • AMD – acordo de 6 GW, com a OpenAI investindo dezenas de bilhões de dólares e podendo adquirir até 10% da AMD;

  • Oracle – contrato assinado em julho, garantindo 4,5 GW em capacidade de data centers dentro do Projeto Stargate.

🔋 O plano de Sam Altman: 250 gigawatts até 2033

De acordo com fontes próximas à empresa, Sam Altman compartilhou um plano ambicioso com sua equipe: alcançar 250 gigawatts de poder computacional nos próximos oito anos — um salto gigantesco em comparação aos 2 GW atuais previstos até o final de 2025.

Para ter uma noção da escala, 250 GW equivalem a cerca de 20% da capacidade total de geração de energia dos Estados Unidos. Segundo estimativas, essa expansão custaria algo em torno de US$ 10 trilhões, o que torna o objetivo extremamente desafiador, mesmo com o apoio de investidores como Microsoft e NVIDIA.

🧩 Desafios e estratégias de financiamento

Altman reconheceu que a OpenAI precisará desenvolver “novas ferramentas de financiamento” para alcançar essa meta, mas ainda não detalhou quais seriam essas soluções. O desafio é imenso: apesar de estar em rápido crescimento, a OpenAI deve faturar cerca de US$ 13 bilhões em 2025 — um valor ainda muito distante das cifras trilionárias necessárias.

O plano reflete a visão de longo prazo de Altman: tornar a OpenAI autossuficiente em hardware, diminuindo custos e dependência de fornecedores externos, além de otimizar seus sistemas para o treinamento de modelos cada vez mais poderosos.

🌐 O impacto no mercado de IA

A decisão da OpenAI de produzir seus próprios chips marca uma nova fase na corrida global pela supremacia da inteligência artificial. Assim como Google (com o TPU) e Amazon (com o Trainium) já fizeram, a OpenAI quer ter controle total sobre seu ecossistema de hardware e software.

Essa estratégia pode:

  • Reduzir custos de longo prazo;

  • Aumentar a eficiência de seus modelos;

  • Acelerar o desenvolvimento de novas gerações do ChatGPT e outros produtos;

  • Intensificar a competição com empresas como NVIDIA, AMD e outras fabricantes de chips de IA.

🧭 Conclusão

A parceria entre OpenAI e Broadcom é mais do que um simples contrato bilionário — é um marco estratégico na corrida pelo futuro da inteligência artificial. Ao apostar em chips próprios, a OpenAI mostra que pretende controlar cada etapa da sua infraestrutura, do processamento ao produto final.

Com planos de chegar a 250 GW de poder computacional, a empresa está mirando um futuro em que hardware e IA caminham lado a lado — um movimento que pode redefinir toda a indústria tecnológica nos próximos anos.