OpenAI desenvolve ferramenta de música com IA para gerar composições a partir de texto e áudio
A OpenAI está expandindo seu ecossistema de inteligência artificial com uma ferramenta inovadora capaz de gerar músicas originais a partir de prompts de texto e áudio. A tecnologia promete transformar o futuro da criação musical e desafiar gigantes do setor como Google, Suno e Udio.
10/27/20253 min read


🎵 Uma nova fronteira criativa da OpenAI
A OpenAI está mergulhando de vez no universo musical. Segundo informações divulgadas pelo portal The Information, a empresa está desenvolvendo uma ferramenta de geração de música por IA que cria composições originais a partir de descrições em texto e áudio.
A iniciativa marca a mais recente expansão da OpenAI além de sua principal plataforma, o ChatGPT, e reforça o compromisso da empresa em integrar múltiplas formas de criação digital — texto, imagem, vídeo e agora, música.
De acordo com as fontes, o projeto conta com colaboração de estudantes da renomada Juilliard School, responsável por anotar partituras musicais que serão usadas como base de treinamento para o modelo.
🎧 Como funcionará a nova IA musical da OpenAI
A ferramenta permitirá que usuários criem acompanhamentos instrumentais para faixas vocais ou músicas de fundo para vídeos e projetos audiovisuais.
O sistema deve ser integrado futuramente ao ChatGPT e ao Sora, o gerador de vídeo da OpenAI, possibilitando comandos do tipo:
“Adicione um acompanhamento de guitarra a esta melodia”;
“Crie uma música ambiente suave para um vídeo de natureza.”
A proposta é tornar o processo de composição acessível a qualquer pessoa — de criadores de conteúdo a músicos profissionais — eliminando barreiras técnicas e simplificando a produção musical com inteligência artificial.
🚀 Concorrência acirrada no mercado de música por IA
A entrada da OpenAI nesse setor coloca a empresa em competição direta com gigantes emergentes, especialmente a Suno, atual líder do mercado de música gerada por IA.
A Suno já registra US$ 150 milhões em receita recorrente anual e está em negociações para levantar mais de US$ 100 milhões em novos investimentos, com uma avaliação de US$ 2 bilhões, segundo fontes do mercado.
O Google também vem fortalecendo sua presença com o Lyria RealTime, lançado em maio de 2025 dentro da API Gemini, que permite mixagem de música em tempo real e combinação de estilos musicais.
O setor, avaliado em US$ 440 milhões em 2023, deve alcançar US$ 2,8 bilhões até 2030, de acordo com relatórios da indústria — um crescimento impulsionado pela busca por trilhas personalizadas, vídeos e conteúdo digital com música original.
⚖️ Desafios legais e controvérsias no horizonte
Apesar do entusiasmo, a geração de música por IA enfrenta sérios desafios legais.
Grandes gravadoras, como Universal Music Group, Warner Music Group e Sony Music Entertainment, já moveram ações judiciais contra empresas como Suno e Udio, alegando o uso não autorizado de gravações protegidas por direitos autorais no treinamento de modelos.
As acusações incluem até mesmo práticas de “stream-ripping”, ou seja, extração de áudio de vídeos do YouTube — violando regras de antipirataria.
Além disso, músicos independentes estão se unindo à batalha, afirmando que suas letras foram extraídas de sites como Genius e AZLyrics sem permissão. A Confederação Internacional de Editores Musicais chegou a classificar o caso como “o maior roubo de propriedade intelectual da história”.
📊 Música sintética domina as plataformas de streaming
Outro ponto de atenção é o crescimento acelerado da música gerada por IA nos serviços de streaming.
A plataforma francesa Deezer revelou que 28% de todas as faixas enviadas diariamente já são totalmente sintéticas, o que representa mais de 30 mil músicas geradas por IA todos os dias.
O problema é que até 70% desses streams são considerados fraudulentos, com bots inflando números de reprodução — uma ameaça real à sustentabilidade e à autenticidade da indústria musical.
🎶 O futuro da criatividade digital
Com o avanço das ferramentas de geração de música por IA, a linha entre arte humana e produção automatizada se torna cada vez mais tênue.
A nova iniciativa da OpenAI pode redefinir o processo criativo, permitindo que qualquer pessoa componha trilhas sonoras, jingles ou músicas completas em minutos. Mas também levanta uma questão importante: até que ponto a inteligência artificial pode — ou deve — criar arte?
Seja qual for a resposta, uma coisa é certa: o futuro da música está prestes a entrar em uma nova harmonia digital.
