Microsoft anuncia futuro da IA ao lado de Elon Musk e enfrenta protestos em sua conferência Build 2025

💡 Um evento marcado por inovação, tensões e nomes de peso

A Build 2025, principal conferência de desenvolvedores da Microsoft, aconteceu nesta segunda-feira (19) em Seattle, e foi tudo menos convencional. A empresa liderada por Satya Nadella aproveitou o palco para reforçar seu protagonismo no setor de inteligência artificial (IA), mesmo em meio a demissões em massa, polêmicas políticas e protestos públicos.

O evento trouxe à tona tanto o lado visionário da empresa quanto os desafios éticos e corporativos que ela enfrenta.

⚙️ Windows AI Foundry: nova plataforma para desenvolvedores

O grande anúncio da manhã foi o Windows AI Foundry, plataforma que a Microsoft está lançando para desenvolvedores criarem e rodarem ferramentas de IA diretamente em PCs com Windows.

Nadella deixou claro: "Se você vai desenvolver IA, faça isso no Windows".

🤝 Elon Musk e a Microsoft: parceria incomum (e polêmica)

Elon Musk, CEO da Tesla e da polêmica xAI, participou virtualmente do evento para anunciar que seus modelos de IA Grok estarão disponíveis na nuvem Azure da Microsoft. A conversa entre Musk e Nadella foi amigável, cheia de lembranças dos tempos de programação em MS-DOS — apesar do histórico recente de ações judiciais entre Musk, a OpenAI e a própria Microsoft.

🧠 Curiosamente, tudo isso ocorre logo após o Grok promover teorias conspiratórias sem que os usuários tenham solicitado. A xAI culpou uma “modificação não autorizada”.

🧠 Sam Altman e Jensen Huang também marcam presença

Além de Musk, Nadella exibiu conversas com Sam Altman (CEO da OpenAI) e Jensen Huang (CEO da Nvidia). O trio é parte central da corrida bilionária pelo domínio da IA, e todos participaram recentemente de um encontro com Donald Trump na Arábia Saudita, para discutir investimentos em infraestrutura tecnológica.

🚨 Protestos e críticas: “No Azure for Apartheid”

Fora do centro de convenções, manifestantes pró-Palestina organizaram um protesto com faixas, carros e bicicletas bloqueando ruas. O grupo “No Azure for Apartheid” critica o envolvimento da Microsoft com o governo de Israel, especialmente no fornecimento de serviços em nuvem.

🔴 Um manifestante foi preso ao tentar entrar pela entrada dos fundos do evento, contido por seguranças e policiais.

👩‍💻 Pressão interna também cresce

A ex-funcionária Vaniya Agrawal, que protestou durante um painel com Nadella, Steve Ballmer e Bill Gates no início do ano, liderou a manifestação desta segunda. Ela havia enviado um e-mail de despedida para toda a empresa antes de ser demitida antecipadamente.

📉 Demissões em massa ofuscam clima de otimismo

Dias antes do Build, a Microsoft demitiu mais de 6 mil funcionários, incluindo centenas de engenheiros em Redmond. A justificativa? Tornar a empresa “mais ágil e enxuta” para os próximos passos com IA.

Essa decisão, somada aos protestos e às parcerias controversas, criou um clima de tensão no evento — que deveria ser totalmente voltado à inovação.

🌐 Microsoft quer ditar os rumos da IA

Brad Smith, presidente da Microsoft, declarou ao Senado dos EUA que a empresa quer estabelecer os padrões globais para o uso ético da IA. Ao mesmo tempo em que lidera em infraestrutura e parcerias, a gigante de Redmond também quer ser a voz mais influente na regulamentação do setor.