Meta pode cortar até 30% dos investimentos no metaverso: foco agora é IA e novos dispositivos
A Meta estaria preparando cortes massivos no setor de metaverso, incluindo Horizon Worlds e os headsets Quest. Segundo fontes, até 30% do orçamento da área pode desaparecer em 2026 — um movimento que mostra a mudança estratégica da empresa em direção à inteligência artificial. Entenda o que está por trás da decisão, o impacto para o futuro do metaverso e para os planos de Mark Zuckerberg.
12/4/20252 min read


Via Getty Images
Meta reconsidera o metaverso e prepara cortes profundos
A Meta, que há poucos anos mudou o nome do Facebook para reforçar sua aposta no metaverso, agora pode estar dando um passo significativo para trás. Segundo relatório da Bloomberg, a divisão responsável pelo metaverso deve sofrer cortes de até 30% do orçamento, impactando diretamente:
Horizon Worlds
Dispositivos Meta Quest
Equipes internas ligadas ao ecossistema virtual
Além disso, demissões podem ocorrer já no início de 2026, dependendo da decisão final do alto escalão.
Reuniões no Havaí revelaram o clima tenso
As discussões sobre os cortes teriam acontecido em encontros estratégicos na casa de Mark Zuckerberg no Havaí — parte do processo anual de planejamento da empresa.
Fontes afirmam que a equipe do metaverso recebeu pedidos de cortes mais severos que outras áreas, refletindo o desempenho abaixo do esperado do projeto.
O metaverso não decolou
Apesar do investimento bilionário, a visão futurista de Zuckerberg não encontrou tração:
Investidores tratam o metaverso como um gasto improdutivo.
Consumidores nunca abraçaram totalmente a ideia de viver em mundos virtuais.
A divisão Reality Labs já perdeu mais de US$ 70 bilhões desde 2021.
Mesmo com vendas razoáveis dos headsets Quest, a proposta social e comercial do metaverso nunca se tornou mainstream.
Zuckerberg ainda acredita — mas reconhece que o futuro está distante
Apesar das perdas, Zuckerberg segue convencido de que os mundos virtuais serão parte do cotidiano humano “um dia”.
Mas os cortes mostram que ele entende que esse futuro não está próximo. Pode levar anos — talvez décadas.
Para onde vai o dinheiro agora? IA. Muito IA.
Enquanto o metaverso perde espaço, outras frentes ganham prioridade na Meta:
Desenvolvimento de modelos avançados de inteligência artificial
Chatbots e assistentes inteligentes
Dispositivos integrados à IA
Expansão das Ray-Ban Meta (óculos inteligentes com display e IA integrada)
A empresa já reposicionou sua narrativa pública — Zuckerberg praticamente não fala mais em metaverso nos últimos trimestres.
O que pode acontecer com Horizon Worlds e os Quest?
Apesar de não haver confirmação oficial, caso os cortes avancem, podemos ver:
Menos atualizações e eventos em Horizon Worlds
Redução de equipes do Quest
Slowing down de projetos imersivos de longo prazo
Possível integração maior entre VR e IA
Ou seja: a Meta não abandonaria a VR, mas mudaria completamente o ritmo de evolução da plataforma.
Conclusão
O metaverso, que já foi tratado como o “futuro da internet”, agora enfrenta seu momento mais crítico. A Meta parece pronta para trocar apostas longas e arriscadas por avanços imediatos em IA — área que domina o mercado, atrai investimentos e gera resultados claros.
Se o metaverso sobreviver, provavelmente será como um projeto secundário, lento e experimental.
E, ironicamente, a Meta só vai poder voltar a sonhar com ele se a inteligência artificial — o novo foco — pavimentar o caminho.
