Meta e Google enfrentam atrasos em cabos submarinos por preocupações de segurança
Meta e Google confirmam atrasos em seus grandes projetos de cabos submarinos devido a fatores operacionais, riscos geopolíticos e dificuldades regulatórias no Mar Vermelho. Entenda o impacto global e o que muda daqui para frente.
11/17/20252 min read


Meta
Grandes projetos, grandes desafios
Os planos da Meta e do Google para ampliar a infraestrutura de internet global estão esbarrando em um obstáculo cada vez mais difícil de contornar: a instabilidade geopolítica no Mar Vermelho.
Segundo a Bloomberg, ambos os projetos — considerados estratégicos para conectar continentes — enfrentam paralisações significativas. ⚠️🌍
Meta: projeto 2Africa sofre novo atraso
A Meta confirmou que seu gigantesco cabo 2Africa, anunciado em 2020 e projetado para contornar todo o continente africano, ainda não está completo. O sistema, com mais de 45 mil km de extensão, deveria conectar África, Europa e Ásia com alta capacidade de fibra óptica.
O que causou o atraso?
Conflitos regionais no sul do Mar Vermelho
Falta de permissões de governos locais
Dificuldade logística para continuar a instalação
Uma seção inteira do cabo ainda não pôde ser construída, atrasando parte da expansão planejada.
🔗 Link do X:
https://x.com/JackPrescottX/status/1842640812217393194
Google também paralisa o Blue-Raman
Outro projeto afetado é o Blue-Raman, iniciativa intercontinental do Google anunciada em 2021. O cabo ligaria países como França, Itália, Israel, Índia, Jordânia, Arábia Saudita e Omã — e tinha previsão de entrar em operação em 2024.
Agora, não existe nova data oficial para a conclusão do projeto.
Motivos do atraso:
Tensões geopolíticas
Ataques na região atribuídos ao movimento Houthi
Necessidade de desviar rotas e alterar planos originais
🔗 Link do X:
https://x.com/juanof9/status/1890477013774860367
Mar Vermelho: um corredor crítico e cada vez mais perigoso
A região, essencial para rotas de cabos submarinos, tem se tornado extremamente arriscada:
Cabos foram danificados e interrompidos por ataques a navios.
Engenheiros têm sido obrigados a redesenhar rotas.
Trabalhos foram suspensos por longos períodos.
Segundo Alan Mauldin, diretor da Telegeography, as empresas não apenas não conseguem usar seus novos cabos, como ainda precisam comprar capacidade de cabos alternativos — adicionando custos e atrasos à operação.
Projetos não afetados
Apesar da turbulência, dois projetos continuam dentro do cronograma:
Google: cabo ligando Togo à Europa, passando pela costa atlântica.
Meta: um megaprojeto global que conecta cinco continentes — sem passar pelo Mar Vermelho.
Essas iniciativas seguem funcionando como alternativas estratégicas para reduzir os impactos na conectividade internacional.
Cabos submarinos: solução poderosa, mas vulnerável
Embora representem a espinha dorsal da internet mundial, cabos submarinos enfrentam riscos constantes:
Desastres naturais
Mudanças climáticas e tempestades severas
Atividades humanas, como pesca e ancoragem
Conflitos militares ou ataques diretos
Mesmo assim, continuam sendo a infraestrutura mais eficiente para conectar o mundo com alta velocidade. 🌐⚡
