Funcionário da Microsoft Interrompe Palestra de Satya Nadella com Protesto: “Free Palestine!”

Funcionário da Microsoft interrompe keynote de Satya Nadella no evento Build 2025 com protesto “Free Palestine”, criticando contratos da empresa com o governo de Israel. Entenda os motivos, repercussões e a resposta da Microsoft.

5/21/20252 min read

Funcionário da Microsoft Interrompe Palestra de Satya Nadella com Protesto: “Free Palestine!”
Funcionário da Microsoft Interrompe Palestra de Satya Nadella com Protesto: “Free Palestine!”

A Polêmica no Evento Build 2025: Protesto Ganha os Holofotes

Durante a abertura da conferência Microsoft Build 2025 em Seattle, o CEO Satya Nadella teve sua apresentação interrompida por um protesto que chamou a atenção mundial. Um funcionário da empresa, Joe Lopez, gritou “Free Palestine!” e acusou a Microsoft de conivência com o uso de tecnologias em ações militares contra civis em Gaza.

Mesmo diante da interrupção, Nadella seguiu com sua apresentação enquanto os manifestantes eram retirados do local. A atitude de Lopez, engenheiro de firmware há quatro anos na equipe de hardware do Azure, ganhou grande repercussão nas redes sociais e na mídia internacional.

Os Motivos do Protesto: Acusações Contra a Microsoft

Contratos com o Governo de Israel

O movimento conhecido como "No Azure for Apartheid", composto por funcionários e ex-funcionários da Microsoft, denuncia a parceria da empresa com o Ministério da Defesa de Israel. Segundo o grupo, serviços de nuvem e inteligência artificial da Microsoft estão sendo usados para vigilância em massa e outras práticas que violam os direitos humanos na Palestina.

O E-mail de Joe Lopez aos Funcionários

Logo após o protesto, Lopez enviou um e-mail para milhares de colaboradores da empresa, expressando sua frustração com o que chamou de “silêncio cúmplice” da liderança. Em sua mensagem, ele destacou:

"A cada byte armazenado na nuvem, potencialmente oriundo de vigilância ilegal, justifica-se a destruição de cidades e o extermínio de palestinos."

Lopez também criticou uma auditoria interna recente feita pela Microsoft — e revisada por uma empresa externa não identificada — que concluiu não haver evidências de uso indevido da tecnologia contra civis em Gaza.

Protestos se Intensificam Dentro e Fora da Microsoft

Protestos Anteriores e Outros Envolvidos

Esse não foi um caso isolado. Outras manifestações ocorreram nos últimos meses:

  • Ex-funcionários interromperam o evento de 50 anos da Microsoft, chamando líderes da empresa de "lucradores da guerra".

  • O movimento critica o uso de tecnologias OpenAI e Azure por forças militares israelenses para transcrever e traduzir comunicações privadas de civis.

Declarações de Ex-Funcionários

Hossam Nasr, ex-funcionário demitido após protestar com uma vigília em memória aos palestinos mortos, também se posicionou:

“A Microsoft afirma que não há indícios de uso prejudicial, mas admite que não sabe como a tecnologia está sendo usada. Isso é contradição.”

A Resposta da Microsoft e o Impacto na Imagem Corporativa

A Microsoft declarou que seus contratos com o governo de Israel são “relacionamentos comerciais padrão” e negou violações dos Termos de Serviço ou do Código de Conduta de IA da empresa.

Porém, críticos apontam que a empresa admitiu oferecer acesso especial ao governo israelense, o que gera dúvidas sobre o controle e a transparência desses contratos.

Vozes Que Se Levantam: Chamado à Consciência Global

O Apelo de Joe Lopez

No fim de sua carta, Joe faz um apelo emocional:

“Meus futuros filhos me perguntarão o que fiz pela Palestina. Não posso mais ficar em silêncio.”

Ele incentiva colegas a:

  • Conversar sobre o assunto;

  • Assinar petições;

  • Participar do movimento;

  • Questionar o uso da tecnologia da empresa em conflitos armados.

Conclusão: Tecnologia e Responsabilidade Social

A repercussão do protesto coloca a ética tecnológica no centro das discussões. Empresas como a Microsoft estão sendo desafiadas a prestar contas sobre como sua tecnologia é usada em cenários de guerra. O caso de Joe Lopez evidencia a crescente pressão interna por maior transparência, ética e responsabilidade social corporativa.