Ericsson e Nokia se unem para desenvolver padrões de vídeo 6G

Ericsson e Nokia firmaram uma parceria com o Instituto Fraunhofer Heinrich Hertz para desenvolver a próxima geração de codecs de vídeo voltados para o 6G. A colaboração marca um avanço europeu estratégico em eficiência de compressão, energia e padronização global da mídia digital.

10/27/20253 min read

🌐 Uma nova era para o vídeo digital com o 6G

As gigantes europeias Ericsson e Nokia anunciaram, em 27 de outubro, uma colaboração histórica com o Instituto Fraunhofer Heinrich Hertz (HHI) da Alemanha para desenvolver padrões avançados de codificação de vídeo projetados para a era 6G.

O projeto combina décadas de pesquisa em compressão de vídeo e sinaliza uma mudança de paradigma na forma como imagens e vídeos digitais serão processados, transmitidos e reproduzidos nas redes do futuro.

De acordo com o comunicado oficial, o novo codec de vídeo desenvolvido pelos parceiros apresenta eficiência de compressão significativamente superior aos padrões atuais — como H.264/AVC, H.265/HEVC e H.266/VVC — sem aumentar a complexidade técnica e ainda reduzindo o consumo energético.

“Essa conquista mostra a força da inovação europeia e nosso compromisso em moldar o futuro da mídia digital na era 6G”, destacou Magnus Frodigh, Chefe de Pesquisa da Ericsson.

💡 Avanço técnico e validação internacional

O novo codec foi apresentado a dois dos principais órgãos internacionais de padronização:

  • Grupo de Especialistas em Codificação de Vídeo (ITU-T)

  • Grupo de Especialistas em Imagens em Movimento (MPEG/ISO-IEC)

Ambos os grupos avaliaram positivamente a pesquisa, reconhecendo o projeto como um marco importante rumo à padronização global da próxima geração de vídeo digital.

O codec não só melhora a eficiência de compressão e escalabilidade, como também reduz a demanda energética, um aspecto cada vez mais crítico em tempos de sustentabilidade tecnológica.

🇪🇺 Liderança europeia na corrida pelos padrões 6G

A parceria entre Ericsson, Nokia e Fraunhofer HHI representa um movimento estratégico da Europa para reafirmar sua influência na definição de padrões tecnológicos globais.

“Como líder mundial em conectividade, a Ericsson está posicionada para impulsionar as capacidades do 6G e estabelecer as bases de um novo ecossistema digital”, afirmou Frodigh.

A Nokia, por sua vez, traz três décadas de experiência no desenvolvimento de codecs de vídeo. “Nossos inventores contribuíram para todos os codecs de vídeo adotados nas últimas três décadas, incluindo os da família H.26x”, ressaltou Ville-Veikko Mattila, Chefe de Tecnologias Multimídia da empresa.

Mattila reforçou o compromisso da Nokia com a abertura, excelência e sustentabilidade, pilares que a companhia considera essenciais para as futuras experiências de mídia digital.

🛰️ Alinhamento com a chegada do 6G

O novo padrão de vídeo 6G deverá se tornar operacional entre 2029 e 2030, acompanhando o cronograma de implantação global das redes 6G.

Esse alinhamento estratégico permitirá que o codec sirva de base para uma ampla gama de aplicações emergentes, incluindo:

  • Conteúdo gerado por inteligência artificial 🎨

  • Jogos 3D e ambientes imersivos 🕹️

  • Experiências de realidade estendida (XR)

  • Comunicação máquina a máquina (M2M)

  • Veículos autônomos e automação industrial 🚗🤖

“As tecnologias de vídeo são centrais para as experiências digitais do amanhã”, afirmou o Prof. Thomas Wiegand, Diretor Executivo do Fraunhofer HHI. “Nossa colaboração demonstra a força da Europa em pesquisa de mídia avançada e seu papel ativo na padronização global.”

🔮 O impacto do novo codec no futuro da mídia

A combinação entre eficiência, escalabilidade e sustentabilidade promete revolucionar a forma como vídeos são distribuídos e consumidos.

Na prática, isso pode significar streamings mais rápidos, vídeos 8K e 12K com menos dados, transmissões em tempo real mais estáveis e economia de energia em dispositivos conectados — um passo fundamental para o futuro hiperconectado do 6G.

Enquanto as redes 5G continuam sua expansão, a indústria já se prepara para a próxima revolução digital, onde a qualidade da imagem, a latência e a eficiência energética caminharão lado a lado.