Cometa Lemmon passa pela constelação de Serpens Caput em evento raro visível no Hemisfério Norte

O Cometa Lemmon (C/2025 A6) cruzou a constelação de Serpens Caput em 26 de outubro, oferecendo um espetáculo celeste raro para observadores do Hemisfério Norte. O fenômeno, visível a olho nu e com binóculos, marca a passagem de um visitante que só retorna a cada milênio.

10/27/20252 min read

Cometa Lemmon passa pela constelação de Serpens Caput em evento raro visível no Hemisfério Norte
Cometa Lemmon passa pela constelação de Serpens Caput em evento raro visível no Hemisfério Norte

🌠 Um espetáculo cósmico milenar

O Cometa Lemmon fez uma aparição marcante no céu noturno do Hemisfério Norte na noite de sábado, 26 de outubro de 2025, ao atravessar a constelação de Serpens Caput, também conhecida como “a cabeça da serpente”.

Descoberto em 3 de janeiro de 2025 pelo Mount Lemmon Survey, no Arizona (EUA), o corpo celeste vem ganhando brilho conforme se aproxima do Sistema Solar interno, tornando-se uma das observações mais aguardadas do ano para astrônomos e entusiastas do espaço.

De acordo com o Observatório Crni Vrh, na Eslovênia, o cometa mantém uma magnitude de 4,3, o que o torna visível a olho nu em locais de céu escuro e facilmente identificável com o auxílio de binóculos astronômicos.

“É um espetáculo que podemos testemunhar com nossos próprios olhos, um verdadeiro presente do cosmos”, destacaram astrônomos durante o evento.

☄️ Um visitante que retorna a cada mil anos

O Cometa Lemmon (C/2025 A6) é um visitante raro, cuja última passagem pelos céus da Terra ocorreu por volta do ano 875 d.C..

Segundo estimativas astronômicas, ele não deve retornar pelos próximos 1.150 a 1.300 anos, o que faz desta aparição uma oportunidade única em muitas gerações.

A trajetória atual do cometa o levou a cruzar o que os astrônomos chamam de “pescoço da serpente cósmica”, uma região entre as estrelas da constelação Serpens Caput, antes de seguir em direção ao sudeste do céu, rumo à constelação de Ophiuchus, o “portador da serpente”.

🔭 Onde e quando observar o Cometa Lemmon

No dia 27 de outubro, o cometa estava posicionado dentro da constelação de Serpens, sendo possível observá-lo aproximadamente 90 minutos após o pôr do sol, especialmente em regiões com pouca poluição luminosa.

No entanto, conforme alertou o escritor de astronomia da Forbes, Jamie Carter, o dia 26 de outubro representou a “última melhor chance” para vê-lo em um ponto de elevação ideal antes que ele começasse a se aproximar do horizonte.

O cometa atingiu sua maior aproximação com a Terra em 21 de outubro, a cerca de 0,60 unidades astronômicas — ou aproximadamente 56 milhões de milhas (90 milhões de km) de distância.

🌞 Rumo ao periélio solar

A jornada do Cometa Lemmon ainda não terminou. Ele continua sua trajetória em direção ao periélio — o ponto mais próximo do Sol — que deve ocorrer em 8 de novembro de 2025.

Durante esse período, espera-se que o cometa atinja seu brilho máximo, tornando-se ainda mais visível antes de iniciar seu longo retorno às regiões externas do Sistema Solar.

Após o periélio, o Lemmon gradualmente perderá luminosidade até desaparecer novamente na imensidão do espaço, rumo à escuridão interestelar, onde permanecerá por mais de um milênio.

🌌 Uma lembrança da grandiosidade do cosmos

Eventos como o do Cometa Lemmon reforçam o fascínio humano pela astronomia e o quanto o universo ainda guarda mistérios e belezas inexploradas.

Enquanto telescópios e observatórios registram sua passagem, para muitos observadores, basta olhar para o céu ao entardecer e lembrar que, mesmo em meio ao cotidiano, ainda podemos testemunhar a dança das estrelas e dos cometas — fenômenos que conectam passado, presente e futuro em um só momento.