Colisão entre estrelas anãs brancas revela segredo das supernovas do Tipo Ia 🔭✨

Astrônomos descobrem sistema binário que comprova a origem das supernovas do Tipo Ia. Duas anãs brancas a 150 anos-luz da Terra colidirão em 23 bilhões de anos, confirmando teoria antiga da astrofísica.

4/9/20253 min read

💥 Colisão estelar entre anãs brancas confirma origem de supernovas e resolve mistério astronômico de décadas

Um novo marco na astronomia foi atingido: cientistas identificaram o primeiro sistema estelar comprovadamente capaz de gerar uma supernova do Tipo Ia — um evento cósmico de brilho intenso e importância fundamental para a medição do Universo. A descoberta, publicada na revista Nature Astronomy, finalmente confirma uma teoria discutida por décadas entre astrofísicos 🌠.

O sistema, batizado de WDJ181058.67+311940.94, está localizado a apenas 150 anos-luz da Terra e é composto por duas estrelas anãs brancas orbitando uma à outra a cada 14 horas. Essa órbita incrivelmente curta revela o quanto essas estrelas estão próximas — e fadadas a colidir 💫.

🔬 Supernova do Tipo Ia: a régua cósmica do Universo

As supernovas do Tipo Ia são eventos estelares de brilho padronizado, usados por astrônomos como “réguas cósmicas” para medir distâncias no Universo. Até agora, não se sabia com certeza como elas se formavam. A hipótese mais aceita era a colisão entre duas anãs brancas — agora, finalmente confirmada graças a esse sistema estelar raro.

Segundo os cálculos, a colisão ocorrerá em cerca de 23 bilhões de anos, quando a massa combinada das estrelas ultrapassará o limite de Chandrasekhar (1,4 vezes a massa do Sol), o gatilho necessário para uma supernova.

🧠 Por que essa descoberta é tão importante?

Primeira comprovação observacional de um sistema capaz de gerar uma supernova do Tipo Ia
Confirma que colisões entre anãs brancas podem causar essas explosões estelares
Explica por que esses sistemas são raros de observar, mesmo que supernovas sejam comuns
Aprimora os métodos para medir distâncias e estudar a expansão do Universo

De acordo com James Munday, astrofísico da Universidade de Warwick, “este é o primeiro sistema que cumpre os dois critérios necessários: massa suficiente e tempo viável para colidir em uma escala menor que a idade do Universo”.

🌍 O que são anãs brancas e por que elas importam?

As anãs brancas são os núcleos remanescentes de estrelas como o Sol, após esgotarem seu combustível e expelirem suas camadas externas. Apesar de pequenas — do tamanho da Terra —, possuem massas comparáveis à do Sol e são extremamente densas ⚛️.

Elas não geram mais energia, mas brilham por bilhões de anos. Cerca de 97% das estrelas do Universo terminarão suas vidas como anãs brancas. Quando duas dessas estrelas formam um sistema binário e estão suficientemente próximas, como no caso do WDJ1810+3119, a colisão pode desencadear uma supernova do Tipo Ia — se a massa total ultrapassar o limite crítico.

🛰️ Como foi feita a descoberta?

O achado veio a partir de observações do Deep Blue Survey (DBL), um levantamento astronômico que rastreia objetos celestes com altíssima precisão. A equipe identificou o comportamento orbital do sistema binário e confirmou suas massas, tornando o WDJ1810+3119 o primeiro sistema do tipo já confirmado.

🚀 Impacto para o futuro da astronomia

Embora a explosão só vá ocorrer bilhões de anos no futuro, sua importância já é enorme. A confirmação de que essas colisões são reais e possíveis ajuda a entender a evolução estelar, melhora os modelos cosmológicos e pode refinar os cálculos sobre a expansão do Universo 🌌.

Além disso, a proximidade desse sistema com a Terra indica que outros sistemas semelhantes podem estar por aí, esperando para serem descobertos. Isso pode transformar o modo como estudamos supernovas e galáxias no futuro.

🌠 Conclusão: um espetáculo cósmico com data marcada

A descoberta do sistema binário WDJ1810+3119 oferece a primeira evidência direta de que supernovas do Tipo Ia podem resultar da colisão entre anãs brancas, resolvendo um dos maiores mistérios da astrofísica moderna.

Mesmo que o espetáculo cósmico final ainda esteja muito longe de acontecer, ele já nos ensina sobre o passado, presente e futuro do Universo. E mostra que até mesmo corpos estelares considerados “mortos” podem protagonizar os eventos mais explosivos do cosmos 💥🌌