China inaugura o primeiro telescópio solar de infravermelho médio do mundo e revoluciona a observação do Sol
🌞 A China entra para a história ao lançar o primeiro telescópio solar de infravermelho médio do mundo. O AIMS promete revolucionar o estudo do campo magnético solar e melhorar as previsões do clima espacial. Confira os detalhes desse avanço tecnológico impressionante!
10/21/20252 min read


China comissiona o primeiro telescópio solar de infravermelho médio do mundo
A China deu um passo monumental na astronomia moderna ao comissionar oficialmente o primeiro telescópio solar do mundo operando no comprimento de onda infravermelho médio. O equipamento, chamado AIMS (Accurate Infrared Magnetic-field Measurements of the Sun), representa uma conquista histórica no campo da observação solar e marca um novo capítulo na pesquisa sobre o Sol 🔭.
O telescópio, desenvolvido pelos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (NAOC), passou por sua revisão final e entrou em operação no dia 20 de outubro de 2025. Ele é o primeiro instrumento capaz de realizar medições diretas e precisas do campo magnético solar — um desafio que há mais de um século limitava os avanços na compreensão da atividade solar.
“Isso se tornou um grande gargalo na melhoria da compreensão e previsão da atividade solar”, explicou o pesquisador Deng Yuanyong, do NAOC.
Localização estratégica e inovação técnica
O telescópio AIMS foi instalado em Lenghu, na província de Qinghai, a cerca de 4.000 metros de altitude. A região, de clima árido e céu extremamente limpo, oferece condições ideais para observações solares no infravermelho médio — faixa espectral essencial para entender o comportamento do campo magnético do Sol ☀️.
O projeto, iniciado em 2015, é totalmente desenvolvido na China, com componentes de fabricação nacional, incluindo o espectrógrafo infravermelho, a câmera de imageamento e o sistema criogênico a vácuo. Durante os testes, o AIMS capturou dados inéditos de erupções solares em múltiplas bandas de comprimento de onda, validando sua capacidade técnica.
Impacto nas pesquisas sobre o clima espacial
O campo magnético solar é o “motor” por trás de fenômenos como erupções solares e ejeções de massa coronal, eventos que podem afetar diretamente as comunicações, sistemas de navegação e redes elétricas da Terra 🌍.
Até então, as medições eram feitas quase exclusivamente em comprimentos de onda visíveis, o que limitava a precisão dos resultados. Com o AIMS, os cientistas poderão monitorar e prever com mais exatidão a atividade solar, fortalecendo a capacidade da China e da comunidade científica global em prever o clima espacial — algo cada vez mais crucial em um mundo altamente conectado e dependente de satélites.
“A intensa atividade magnética solar pode prejudicar diretamente as comunicações e redes elétricas na Terra”, reforça Deng Yuanyong.
Um novo marco para a astronomia chinesa
A entrada em operação do AIMS não apenas preenche uma lacuna global nas observações solares, como também consolida a China como potência em instrumentação astronômica de alta tecnologia. O telescópio é o primeiro de seu tipo e deve servir como modelo para futuras instalações em regiões de grande altitude.
Com o AIMS agora em plena operação científica, o sítio astronômico de Lenghu se fortalece como um dos centros de observação mais avançados do planeta, ampliando a capacidade da China em contribuir para o entendimento do Sol e seus impactos sobre a Terra.
