Bugatti Veyron completa 20 anos: o supercarro que mudou a história da velocidade

Duas décadas depois, o Veyron finalmente ganha o que lhe é devido.

O nascimento de uma lenda da engenharia automotiva

Quando o Bugatti Veyron entrou em produção em 2005, parecia impossível: um motor W16 8.0 litros com quatro turbos, entregando 736 kW (1.001 cv) e capaz de ultrapassar os 407 km/h.
Na época, ele se tornou o primeiro carro de produção a superar a marca dos 400 km/h, algo impensável até então.

A Bugatti fabricou apenas 450 unidades do modelo, com rumores de que o Grupo Volkswagen perdeu milhões de dólares em cada carro produzido. O motivo? O Veyron não nasceu para dar lucro, mas para provar o impossível.

A aposta ousada de Ferdinand Piëch

Tudo começou no fim dos anos 1990, quando Ferdinand Piëch, então chefe do Grupo VW, apresentou a ideia de um carro de rua com mais de 700 kW e velocidade máxima acima de 400 km/h.
📌 A proposta foi recebida com ceticismo — engenheiros acreditavam que era um sonho insano.

Após anos de testes, erros e ajustes (incluindo protótipos com motores W18 e falhas graves no sistema de tração), nasceu o design final com o icônico W16 quadriturbo.

O ex-presidente da Bugatti, Dr. Franz-Josef Paefgen, resumiu bem:

“O Veyron é um carro típico de Piëch, porque ele era totalmente dedicado a desafios de engenharia.”

Críticas no início, respeito com o tempo

No lançamento, muitos críticos alegaram que o Veyron era pesado demais, frio demais e não tinha a alma de um supercarro tradicional. Gordon Murray, criador do lendário McLaren F1, chegou a classificá-lo como uma “declaração técnica” e não um carro de verdade para entusiastas.

Mas o tempo foi generoso. Assim como o Lexus LFA ou o Jaguar XJ220, o Veyron ganhou respeito e se transformou em ícone absoluto da engenharia automotiva.

Hoje, colecionadores e fãs reconhecem o que ele realmente foi: um moonshot da indústria, criado mais por orgulho do que por retorno financeiro.

O legado do Bugatti Veyron

⚡ O Veyron não apenas quebrou recordes, mas também mudou a forma como o mundo enxerga os hipercarros.
Com seu design ousado, motor insano e foco em ultrapassar limites, ele se tornou um símbolo de extravagância e inovação.

E, paradoxalmente, foi justamente por não se importar com lucros, mas sim com glória e desafio, que o Veyron conquistou seu espaço eterno na história.

Conclusão: 20 anos depois, ainda insuperável

O Bugatti Veyron completa duas décadas como um dos maiores marcos da história automotiva. Criado para ser impossível, ele quebrou barreiras, redefiniu os limites da velocidade e permanece como um ícone lendário, ainda reverenciado por entusiastas e colecionadores.

Mais do que um carro, o Veyron é a prova de que a paixão pela engenharia pode criar algo eterno.