Auroras em Netuno: James Webb Capta Imagens Inéditas do Gigante Gelado
O Telescópio Espacial James Webb registrou, pela primeira vez, imagens impressionantes das auroras em Netuno. Descubra como essa descoberta inédita pode revelar segredos sobre o planeta mais distante do Sistema Solar.
4/8/20252 min read
🔭 O Mistério de Netuno e Suas Auroras Revelado
Netuno, o planeta mais distante do Sistema Solar, continua sendo um enigma. Localizado a cerca de 4,5 bilhões de quilômetros da Terra, ele já havia sido brevemente visitado pela sonda Voyager 2 em 1989. No entanto, graças à tecnologia de ponta do Telescópio Espacial James Webb (JWST), os astrônomos conseguiram agora um feito inédito: registrar imagens diretas das auroras de Netuno.
🌈 Auroras em Posições Surpreendentes
As auroras são fenômenos luminosos causados pela interação de partículas do vento solar com o campo magnético e a atmosfera superior dos planetas. Enquanto em planetas como Terra, Júpiter e Saturno, as auroras normalmente aparecem nos polos, em Netuno elas surgem de forma irregular.
Isso acontece porque o campo magnético de Netuno é inclinado e deslocado em relação ao eixo de rotação, fazendo com que as auroras apareçam até mesmo em latitudes médias, algo raro entre os planetas conhecidos.


🛰️ James Webb e o Poder do Infravermelho
A captura dessas imagens foi possível graças ao Espectrógrafo de Infravermelho Próximo (NIRSpec) do James Webb. Esse instrumento analisa como a luz é absorvida ou emitida por objetos espaciais, revelando informações sobre temperatura, composição química e massa.
Com essa tecnologia, os cientistas detectaram o íon H₃⁺ (catíon trihidrogênio) — um dos principais indicadores de atividade auroral nos gigantes gasosos. O brilho emitido por esse íon revelou detalhes precisos da ionosfera de Netuno, a camada superior da atmosfera onde ocorrem as auroras.
❄️ Temperaturas em Queda: Um Sinal Revelador
Além da descoberta das auroras, os dados permitiram uma nova leitura da temperatura da atmosfera superior de Netuno, que não era medida desde a passagem da Voyager 2. Segundo os pesquisadores, Netuno esfriou centenas de graus desde 1989, o que pode explicar por que as auroras eram tão difíceis de detectar anteriormente.
Temperaturas mais baixas significam partículas menos energéticas, com menos colisões, o que torna a emissão de luz mais fraca e quase invisível aos instrumentos antigos.
🚀 Rumo ao Futuro: Missões a Netuno e Urano?
A descoberta reforça a importância de futuras missões espaciais aos planetas gelados do sistema solar. Como destacou o cientista Leigh Fletcher, da Universidade de Leicester:
"Agora sabemos o quão essencial será o uso de instrumentos que detectam a luz infravermelha para continuar estudando as auroras em Netuno e Urano."
Com essa nova janela aberta pela tecnologia do Webb, os cientistas finalmente têm acesso à última ionosfera invisível dos planetas gigantes — um passo gigantesco para a astronomia moderna.