🔦 Nothing Phone 3: design ousado, software criativo, mas ainda não é um flagship de verdade
Novo modelo traz tela maior, bateria de ponta e a evolução do Glyph, mas peca no desempenho e nas câmeras.
8/1/20253 min read


Nothing Phone 3 review
📱 Um “flagship” com identidade própria — e alguns tropeços
O Nothing Phone 3 é o mais ousado e caro da marca até agora, custando US$ 799. Com quatro câmeras de 50MP, uma tela maior e o novo sistema Glyph Matrix, o modelo tenta disputar espaço com gigantes como o iPhone 16 e o Galaxy S25. Mas será que entrega um verdadeiro desempenho de flagship?
Apesar do salto em relação ao Nothing Phone 2, a escolha de um processador intermediário e o desempenho inconsistente das câmeras colocam um freio no entusiasmo. O design continua sendo o grande diferencial, com a estética transparente e interativa que virou a marca registrada da empresa.
✅ Prós e contras do Nothing Phone 3
Pontos positivos:
Tela grande e brilhante de 6,67" com 4.500 nits
Design exclusivo com o Glyph Matrix mais útil e refinado
Bateria de 5.150 mAh com nova tecnologia de silício-carbono
Carregamento rápido de 65W
Pontos negativos:
Processador Snapdragon 8s Gen 4 é “mediano” para o preço
Desempenho irregular das câmeras
Falta suporte ao novo padrão Qi2 de carregamento sem fio


Nothing Phone 3 review
🔷 Glyph Matrix: menos show, mais utilidade
O novo Glyph Matrix substitui os antigos LEDs com um visual mais discreto e funcional. Ele mostra notificações com ícones pixelados, padrão de chamadas personalizáveis e até mini aplicativos como cronômetro e jogos simples como “Gire a Garrafa”.
Você pode configurar notificações essenciais com padrões únicos para apps ou contatos específicos, embora seja difícil criar imagens nítidas com tão poucos pixels. Ainda assim, é uma evolução interessante em comparação com os efeitos piscantes das versões anteriores.


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📸 Câmeras: boas ideias, execução inconsistente
O conjunto triplo de câmeras impressiona no papel:
50MP principal (f/1.7) com OIS
50MP ultrawide
50MP telefoto com zoom óptico 3x e macro
Apesar disso, os resultados variam demais entre as lentes, com diferenças de cor perceptíveis e imagens que às vezes saem sem vida, mesmo em boa luz. O destaque vai para a lente telefoto, que surpreende pelo alcance e qualidade de zoom, superando rivais como o Pixel 9 e iPhone 16 em versatilidade.


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⚙️ Desempenho: potente... até certo ponto
Equipado com o Snapdragon 8s Gen 4, o Phone 3 roda bem a maioria das tarefas e até jogos pesados com ray tracing, mas fica atrás de flagships reais que usam chips mais potentes como o Snapdragon 8 Elite ou Apple A18.
Para multitarefas e uso diário, o desempenho é mais que suficiente — mas, pelo preço, era esperado algo melhor.


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🔋 Bateria e carregamento: ponto forte
A nova bateria de silício-carbono oferece 10% mais densidade energética que o modelo anterior. Em nossos testes, o aparelho alcançou mais de 23 horas de reprodução de vídeo, com carregamento de 0 a 100% em menos de uma hora.
Também há suporte para carregamento sem fio de 15W e reverso para fones de ouvido. Faltou apenas o Qi2, que já aparece em concorrentes de mesmo preço.


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🧠 Software: Android com identidade
O sistema da Nothing continua sendo um dos mais únicos do mercado: interface monocromática, ícones retrô em pixel art e o modo Essential Space, que ajuda a organizar tarefas, compromissos e áudios.
Ainda assim, o botão dedicado para o Essential Space pode ser confundido com o power, algo que precisa de refinamento em design ergonômico.
🧾 Veredito: ousadia com limitações
O Nothing Phone 3 tem muita personalidade, criatividade e apelo visual. A nova geração do Glyph é funcional, a tela é espetacular e o design é incomparável. Mas as câmeras inconsistentes e o chip intermediário deixam a desejar para um produto de quase US$ 800.
É uma opção para quem busca originalidade acima de tudo, mas ainda não está pronto para brigar de igual para igual com os tops da Apple, Samsung ou Google.